Anvisa autoriza genéricos para tratamentos de Aids e Câncer
Medicamento para o tratamento de Parkinson também está entre os aprovados. Desde novembro, foram pelo menos seis novos genéricos autorizados.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou, desde novembro de 2010, a entrada de pelo menos seis novos genéricos no mercado, entre eles medicamentos para o tratamento de Aids, Parkinson e Câncer. A informação foi divulgada pela assessoria de imprensa da Anvisa na quinta-feira (17/02).
Em novembro, o fumarato de quetiapina, usado para o tratamento de esquizofrenia aguda ou crônica, teve seu primeiro registro como genérico autorizado pela Anvisa. O mesmo ocorreu com o entacapona, utilizado no tratamento de Parkinson, em 17 de janeiro.
Outro medicamento que teve seu primeiro genérico registrado é a Dacarbazina, utilizado no tratamento de Câncer. O registro foi autorizado em 31/01.
Ainda segundo a Anvisa, foram concedidos, em 7 e 14 de fevereiro, registros para os dois primeiros medicamentos genéricos com a substância Tenofovir, utilizada no tratamento de Aids e Hepatite.
Em fevereiro, o medicamento rosuvastatina cálcica para o tratamento de redução do colesterol e dos riscos cardiovasculares, também teve seu primeiro registro como genérico autorizado.
"Podemos dizer que os genéricos já não enfrentam resistência da população. Não há mais insegurança" diz o diretor e presidente em exercício da Anvisa, Dirceu Barbano.
Segundo a Anvisa, as empresas que receberam os registros a produção dos remédios poucos dias após a publicação da aprovação. Ainda assim, não há prazo definido para que os medicamentos sejam disponibilizados no mercado.
A Anvisa afirma ainda que tem dado prioridade ao registro de medicamentos que ainda não contam com a presença de genéricos e que são importantes do ponto de vista da saúde pública. Todo genérico, de acordo com a Agência, deve ser pelo menos 35% mais baratos do que o medicamento de referência.
"Mesmo com esse mínimo de 35% de desconto, temos observado que, em média, os genéricos custam 45% mais barato, e acabam ainda incentivando a queda de preço do medicamento de referência!, diz Barbano.
Nos próximos 90 dias, segundo previsão do diretor, outros 18 genéricos devem ter seu registro aprovado "São medicamentos que integram a lista de prioritários, e entre eles há mais remédios para o tratamento de câncer, leucemia, artrite, entre outros", afirma.